Resultado do Ato

Companheiras e Companheiros solidários/as a causa da estudante Geysy Arruda.

O ato realizado nessa segunda-feira dia 09/11/09 foi positivo: unimos movimentos de mulheres, sindical, lgbt e estudantil, também estiveram presentes mulheres e homens de diferentes partidos e movimentos, para manifestar apoio à Geysy Arruda e exigir a revogação da expulsão dela. No ato havia aproximadamente 300 pessoas dos movimentos e mais poucos/as estudantes apoiando o nosso ato. Um grupo razoável de estudantes vaiavam e gritavam "fora" para nós, além de inúmeras vezes ofenderem as pessoas presentes e utilizarem palavras de ordem intolerantes.
A imprensa estava em peso e o programa "Pânico" estava lá com a Sabrina Sato entrevistando as pessoas com vestido curto e rosa, o que mobilizava outro grupo grande de pessoas . Considerando tudo isso, conseguimos realizar o ato com falas de Feministas da região e outros movimentos sociais, entre elas: MMM, Pão e Rosa, Secretaria Estadual de Mulheres da CUT, Presidente Estadual da CUT, Secretaria Nacional de Mulheres do PT, Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Fé-minina, Proleg, Entre Nós, o Presidente da UNE, Vereadoras/es da região, a diretora de mulheres da UNE, Mulheres Negras, ABGLT, entre outras organizações. Conseguimos falar e manifestar nosso repudio à violência, intolerância e ao sexismo.
Conseguimos compor uma comissão e entramos para entregar o Manifesto e chegamos a falar com o Diretor da Unidade de São Bernardo do Campo "Eden Apparecido dos Santos", porém este se recusou a receber o Documento.
Os Jornais anunciaram no mesmo dia 09/11 que a UNIBAN revogou a expulsão e Geysy terá o direito de voltar a estudar e também se compromete a fazer um ciclo de debate sobre a cidadania, contando com a presença do Senador Eduardo Suplicy para tentar minimizar o incidente ocorrido. Geysy afirmou que irá somente concluir este ano nessa instituição e que por conta da universidade ela se sentiu culpada, mas depois ela entendeu que fora vítima de uma ação violenta e machista (o que é muito comum quando a violência contra a mulher é psicológica, sem agressões físicas e pelo fato de nesses casos a culpa recair sobre a mulher, transformando-a culpada pela situação sofrida). Ela continua com uma ação contra universidade e também com uma denuncia por atos de violência na Delegacia da Mulher.

Este caso ainda não está 100% resolvido, mas já foi uma vitória o fato de Geysy poder voltar a estudar, mas isso não será fácil, pois o clima na UNIBAN ainda é tenso e ela irá precisar de seguranças, os e as alunas dessa instituição se demonstraram pouco tolerantes. Ainda teremos uma longa jornada até que essa jovem garanta novamente seus direitos. .

E nossa luta não é apenas por Geysy, mas por todas as mulheres que sofrem violência diariamente nesse país.

Saudações feministas. E obrigada pelo comprometimento e solidariedade.

Manifesto pela Autonomia e Liberdade das Mulheres